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Manaus

AMAZONPREV E GOVERNO DO AMAZONAS NO CASO BANCO MASTER

INVESTIMENTOS DA AMAZONPREV

A Amazonprev (Fundação Fundo Previdenciário do Estado do Amazonas) investiu cerca de R$ 300 milhões em Letras Financeiras dos bancos C6 e Master entre junho e setembro de 2024, sendo R$ 50 milhões aplicados especificamente no Banco Master .

Segundo denúncia do Sintjam, esses investimentos foram realizados sem autorização colegiada, sem análise formal de risco e utilizando instituições não credenciadas, violando normas de governança .

A compra das Letras Financeiras do Banco Master foi feita em 6 de junho de 2024, com vencimento previsto para 6 de junho de 2034, e não há registro em ata que comprove a aprovação da operação.

GOVERNO DO AMAZONAS – WILSON LIMA

Wilson Lima, governador do Amazonas, é filiado ao União Brasil, mesmo partido cujo presidente nacional, Antonio Rueda, tinha proximidade com Daniel Vorcaro. Todos os fundos de previdência que compraram títulos do Master eram controlados politicamente por integrantes do Centrão ou filiados ao União Brasil.

O governador Wilson Lima afirmou que não há risco para os segurados e que a Secretaria da Previdência fez uma varredura em todos os contratos e operações relacionadas ao Master.

GESTORES DA AMAZONPREV ENVOLVIDOS

Ary Renato Vasconcelos de Souza – Foi nomeado diretor-presidente da Amazonprev em 3 de julho de 2024, período em que ocorreram os investimentos no Banco Master. É graduado em Ciências Contábeis e ocupou o cargo de gerente de Administração e Finanças da instituição desde fevereiro de 2023.

Evilázio Nascimento – Assumiu a presidência da Amazonprev em maio de 2025, substituindo Ary Renato. Foi ele quem informou ao conselho da Amazonprev sobre as aplicações realizadas entre junho e setembro de 2024.

DENÚNCIAS E INVESTIGAÇÕES

O Sindicato dos Trabalhadores da Justiça do Amazonas (Sintjam) denunciou ao Ministério Público do Estado (MPAM) e ao Ministério Público Federal (MPF) as graves irregularidades na aplicação dos recursos previdenciários.

A Polícia Federal abrirá novas frentes de investigação para apurar as circunstâncias da venda de títulos que não são cobertos pelo FGC a fundos de previdência estaduais e municipais, incluindo a Amazonprev .

Roberto Dávila, coordenador-geral do Sintjam, questionou: “Aonde foi parar o dinheiro da aposentadoria dos servidores públicos estaduais do Amazonas?”

RISCOS FINANCEIROS

Os R$ 50 milhões investidos pela Amazonprev em Letras Financeiras do Banco Master não contam com garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que coloca esses recursos em alto risco de perda.

Portanto, a Amazonprev e o Governo do Amazonas (sob Wilson Lima) estão diretamente envolvidos no escândalo do Banco Master, com investimentos irregulares que podem resultar em perdas significativas aos recursos previdenciários dos servidores públicos estaduais.

PESSOAS INFLUENTES DE BRASÍLIA ENVOLVIDAS NO CASO BANCO MASTER

PRINCIPAIS EXECUTIVOS DO BANCO MASTER

Daniel Vorcaro – Proprietário e ex-controlador do Banco Master, preso pela Polícia Federal em 18 de novembro de 2024.

Augusto Lima – Ex-sócio e ex-CEO do Banco Master, também preso na operação.

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL E BRB

Ibaneis Rocha (MDB) – Governador do Distrito Federal, envolvido na tentativa de compra do Master pelo BRB.

Paulo Henrique Costa – Ex-presidente do BRB (Banco de Brasília), afastado judicialmente por 60 dias sob suspeita de saber que as carteiras de crédito eram falsas.

Dario Oswaldo Garcia Júnior – Diretor financeiro do BRB, também afastado por 60 dias.

Celina Leão (PP) – Vice-governadora do Distrito Federal, citada no contexto político do caso.

CONSULTORES E ASSESSORES DO BANCO MASTER

Henrique Meirelles – Ex-presidente do Banco Central, contratado como consultor pelo Master.

Guido Mantega – Ex-ministro da Fazenda, membro do conselho consultivo do Master e intermediou encontro entre Vorcaro e o presidente Lula.

Michel Temer – Ex-presidente da República (2016-2018), contratado como consultor pelo banco ICL.

Ricardo Lewandowski – Atual ministro da Justiça, prestou serviços ao banco até 2024 quando ainda era ministro do STF.

POLÍTICOS DO CENTRÃO

Ciro Nogueira (PP-PI) – Presidente do PP e senador, próximo de Vorcaro através de eventos e festas luxuosas financiadas pelo banqueiro Investigação vai apurar possível pressão de políticos para que BRB comprasse o Banco Master.

Antonio Rueda – Presidente nacional do União Brasil, presença constante em eventos promovidos pelo banqueiro Investigação vai apurar possível pressão de políticos para que BRB comprasse o Banco Master.

Hugo Motta – Deputado federal, mencionado como participante de eventos patrocinados pelo Master.

Davi Alcolumbre (União-AP) – Senador e presidente do Senado, participou de eventos patrocinados.

GOVERNO LULA E PT

Jaques Wagner (PT-BA) – Líder do governo Lula no Senado, mantém relação próxima com Augusto Lima, sócio preso de Vorcaro.

Flávia Arruda – Mencionada no contexto das investigações.

Jerônimo Rodrigues – Governador da Bahia (PT), citado nas investigações.

Rui Costa – Ministro da Casa Civil, citado nas conexões políticas.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Alexandre de Moraes – Ministro do STF, participou de eventos patrocinados pelo Master; o banco contratou o escritório Barci de Moraes, onde trabalham sua esposa Viviane Barci de Moraes e dois filhos Investigação vai apurar possível pressão de políticos para que BRB comprasse o Banco Master.

Gilmar Mendes – Ministro do STF, interlocutor frequente de André Esteves (BTG) e participou de eventos patrocinados pelo banco.

Dias Toffoli – Ministro do STF, participou de eventos patrocinados.

OUTROS GOVERNADORES

Cláudio Castro – Governador do Rio de Janeiro, envolvido através de investimentos do RioPrevidência no Master (R$ 2,6 bilhões).

NOTA IMPORTANTE: O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master em 18 de novembro de 2024, após identificar indícios de emissão fraudulenta de títulos. A Operação Compliance Zero investiga crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com suspeita de fabricação de aproximadamente R$ 12,2 bilhões em carteiras de crédito falsas Com liquidação, Banco Master se junta a banco Santos, Bamerindus e Cruzeiro do Sul.

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