CDL discute reorganização do Centro de Manaus após confronto entre ambulantes e fiscais
Liderada por Ralph Assayag presidente da Câmara Dirigentes Lojistas, a proposta é integrar diferentes órgãos para buscar soluções conjuntas

“É muito bom pra gente porque entra o governo federal, a Justiça Federal, junto com juízes federais daqui, para acompanhar o passo a passo e melhorar o centro. É o momento de unir todos — governador, prefeito, todos os órgãos — para poder melhorar a região”, afirmou Assayag
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL) reuniu, nesta sexta-feira (8), representantes dos poderes municipal, estadual e federal, além do Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública, para discutir a reorganização do Centro Histórico da capital. A reunião ocorreu um dia após o confronto entre ambulantes e fiscais da Prefeitura no Centro de Manaus
Durante a operação, um depósito clandestino na Rua Henrique Martins foi interditado. Mais de mil carrinhos foram apreendidos, alguns com produtos sem procedência.
Segundo o presidente da CDL, Ralph Assayag, a proposta é integrar diferentes órgãos para buscar soluções conjuntas.
“É muito bom pra gente porque entra o governo federal, a Justiça Federal, junto com juízes federais daqui, para acompanhar o passo a passo e melhorar o centro. É o momento de unir todos — governador, prefeito, todos os órgãos — para poder melhorar a região”, afirmou.
O vice-prefeito de Manaus, Renato Júnior, participou da reunião e disse que a maioria dos ambulantes irregulares aceitou se transferir para feiras e galerias populares.
O plano de reorganização prevê um prazo de 90 dias para reintegrar espaços como a Praça dos Remédios, realocar trabalhadores informais e acolher pessoas em situação de rua.
O defensor público Carlos Almeida ressaltou que a atuação deve seguir as determinações do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Existem decisões do Supremo que proíbem a retirada forçada de pessoas em situação de rua e de seus bens. É preciso planejamento, diálogo e atuação conjunta para que o interesse público não se sobreponha aos direitos humanos”, disse.
Na manhã de quinta-feira (7), ambulantes protestaram contra mutirão durante a realização de um mutirão da Prefeitura de Manaus no Centro Histórico da capital. Ambulantes alegaram apreensão irregular de mercadorias, agressões físicas e prisões.