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Pesquisa Quaest:nas redes sociais, 59% apoiam operação da PF contra Bolsonaro

Nesta sexta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) impôs medidas restritivas ao ex-presidente, como uso de tornozeleira eletrônica. A decisão foi confirmada pela maioria da Primeira Turma.

De acordo com a Quaest, os comentários das redes sociais seguiram a lógica da polarização atual no país. Perfis de esquerda celebraram com ironia as medidas do Supremo Tribunal Federal (STF), tratando a tornozeleira como símbolo de justiça e aliados de Bolsonaro denunciam suposta perseguição política e abuso de poder para mobilizar a base e deslegitimar a decisão.

Na análise da Quaest, “o monitoramento indica que a operação contra Bolsonaro gerou forte mobilização nas redes, com resposta altamente polarizada até o momento”: “O cenário revela um ambiente digital altamente reativo, em que decisões judiciais rapidamente se transformam em combustível para disputas e mobilização das bases.”

A pesquisa identificou, entre as narrativas mais recorrentes entre os defensores de Bolsonaro, a associação da operação a “censura” e “ditadura”, presente em 10% das postagens, reforçando a ideia de perseguição política. Também é frequente o argumento de que, na ausência de condenação formal, as medidas seriam expressão de abuso de poder por parte do Judiciário.

O número de buscas nas redes sociais pelo nome de Bolsonaro foi cinco vezes maior depois da operação, proporcionalmente, que na média do mês de junho. Além disso, o termo “tornozeleira” também foi amplamente usado nas buscas pelos internautas no dia de hoje. Por outro lado, o volume de buscas ao ministro Alexandre de Moraes não acompanhou o crescimento.

Ao todo, foram registrados 418 mil autores únicos a falar sobre a operação, com média de 72 mil comentários e alcance médio de 113 milhões de visualizações por hora.

O levantamento foi feito com base no método “Social Listening”. As menções sobre o assunto foram coletadas das principais redes sociais (X, Instagram, Facebook, Reddit, Tumblr e YouTube) e site de notícias por API própria da Quaest, com buscas de palavras-chaves.

Um segundo levantamento, feito pela Quaest Insider – ferramenta de monitoramento de grupos públicos de Whatsapp, Telegram e Discord –, mostra que a crítica ao STF nos grupos bolsonaristas é ainda mais forte. O tema concentrou o maior volume de mensagens, com 32%. De acordo com o instituto de pesquisa, o resultado evidencia “a centralidade da retórica contra Alexandre de Moraes na mobilização digital da direita.” Ainda que em baixo volume (2%), começam a aparecer mensagens convidando a mobilização de manifestações públicas e paralisação de caminhoneiros.

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