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Política

‘Quem quiser defender banco que venha a público’: a resposta de Haddad para o aumento de impostos

Ministro pede debate com setor financeiro e apostas e diz que medidas visam corrigir distorções tributárias sem prejudicar o agro e a construção civil

Na manhã seguinte à divulgação da Medida Provisória com  as propostas de ajuste fiscal para compensar o recuo do governo em relação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender as alternativas elaboradas pelas Fazenda. Em conversa com jornalistas na porta do ministério, ele desafiou os críticos da proposta a participarem de um debate público, em especial os representantes dos bancos e do setor de bets, principais atingidos pelas novas medidas.

“Quem quer defender banco, tudo bem, mas venha a público”, disse o ministro. “Eu gostaria de participar de um debate com lobista de banco; vamos discutir publicamente. Tenho certeza que eles não vão conseguir demonstrar prejuízo nenhum.”

Haddad propôs que seja realizada uma audiência pública para discutir os efeitos das medidas, tanto com o setor financeiro quanto com as empresas de apostas. Ele voltou a afirmar que a MP busca corrigir distorções históricas no sistema tributário, e que não há medida “injusta do ponto de vista econômico”.

A MP do ajuste fiscal publicada na noite de ontem não trouxe novidades. Mantém propostas já antecipadas por Haddad, como a taxação das LCIs, LCAs, fundos exclusivos e investimentos de bets. A medida, no entanto, foi recebida com forte resistência do Congresso e críticas do setor financeiro e do agronegócio.

Em meio à repercussão negativa no Congresso, o ministro afirmou que está disposto ao diálogo com parlamentares e com os setores afetados. “Vamos fazer reuniões prévias, quantas forem necessárias”, gar… quantas forem necessárias”, garantiu. Sobre a tensão na Câmara ontem, Haddad reagiu: “Xingar e sair correndo é coisa de moleque”.

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