Suframa participa do início das obras da Ponte Binacional Brasil-Bolívia
A ponte, a ser construída sobre o rio Mamoré, será uma estrutura de 1,2 quilômetros de extensão, com investimento de R$ 421,3 milhões.

No dia 17 de outubro, o auditório da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) em Guajará-Mirim (RO) foi palco de um momento histórico para a integração amazônica: a cerimônia de início das obras da Ponte Binacional Brasil-Bolívia. O evento reuniu autoridades brasileiras e bolivianas, representantes de instituições e cidadãos dos municípios de fronteira, marcando a concretização de um compromisso internacional firmado há 122 anos no Tratado de Petrópolis (1903).
A ponte, a ser construída sobre o rio Mamoré, será uma estrutura de 1,2 quilômetro de extensão, com investimento de R$ 421,3 milhões. Executada pelo Consórcio Mamoré em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o governo boliviano, a obra faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e tem conclusão prevista para agosto de 2028.

A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) esteve presente na cerimônia através de seus coordenadores regionais: Waldemar Albuquerque, coordenador regional de Porto Velho, e Thiago Souza, coordenador da Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim. Entre os participantes de destaque estavam o senador Confúcio Moura, os prefeitos Netinho (Guajará-Mirim) e Marcélio Brasileiro (Nova Mamoré), além do governador do Estado boliviano de Beni, Alejandro Unzueta.
Um Projeto de Integração Logística e Produtiva
Para além do valor simbólico, a Ponte Binacional representa uma oportunidade estratégica de integração econômica e comercial. Segundo o presidente da Bolívia, Luis Arce, a estrutura é uma compensação histórica do Tratado de Petrópolis e simboliza o fortalecimento das relações comerciais entre os dois países. Do lado boliviano, infraestruturas como a rodovia de acesso já estão sendo asfaltadas, preparando o caminho para o aumento do fluxo econômico e turístico.
Para a Suframa, a ponte se configura como um importante vetor de integração logística e produtiva, capaz de impulsionar significativamente o comércio com os países andinos. Segundo Waldemar Albuquerque, coordenador regional da autarquia, “a ponte vai aproximar o Brasil do Pacífico e abrir novas rotas de exportação para os portos do Oceano Pacífico, consolidando Guajará-Mirim e Guayaramerín como polos estratégicos na fronteira amazônica”.
A Suframa atua como parceira fundamental nesse processo, oferecendo incentivos fiscais que estimulam o desenvolvimento regional. Esses mecanismos de incentivo, combinados com a melhoria da infraestrutura, criam um ambiente favorável para o crescimento econômico, a atração de investimentos e a expansão das atividades comerciais entre Brasil, Bolívia e os demais países andinos.

A Concretização de um Sonho Compartilhado
Após mais de um século, a Ponte Binacional Brasil-Bolívia deixa de ser uma aspiração para se tornar realidade. Com as obras já em andamento, o projeto representa não apenas a evolução da infraestrutura amazônica, mas também o fortalecimento dos laços entre dois povos vizinhos. A ponte promete transformar a dinâmica econômica da região, facilitando fluxos comerciais, estimulando turismo e criando novas oportunidades de desenvolvimento para as comunidades fronteiriças.
Trata-se de um compromisso renovado com a integração latino-americana, onde Brasil e Bolívia constroem juntos um futuro de maior prosperidade compartilhada na Amazônia.