Como o êxodo na Amazônia agrava favelização em Manaus e abre brechas para tráfico e milícia
Capital do Amazonas continua atraindo migrantes dos rincões em busca de trabalho e melhores condições de vida, o que só faz crescer a concentração na cidade; parte se acomoda em comunidades com problemas típicos das favelas, de falta de saneamento básico a disputas por pontos de venda de drogas, segundo a reportagem especial do jornal O Estadão publicada nesta quarta-feira (03.abr.2024),assinada pelo jornalista Vinícius Valfré
Após experimentar alguns dos ciclos migratórios mais marcantes do País nos séculos XIX e XX, Manaus nunca deixou de ver crescer a proporção de habitantes da capital em relação ao estado. Personagens e características desse movimento permanente ilustram esta que é a última parte da série de reportagens Êxodo na Amazônia, publicada pelo Estadão em três capítulos.
A atração de indígenas para Manaus, expressada não só na realidade da favela das tribos, mas também na de outras regiões para onde esses povos se espalharam, faz da capital amazonense a cidade com mais indígenas no Brasil. São 71,7 mil, segundo o Censo 2022. O número é 18 vezes maior do que a população indígena na capital em 2010, de 3,8 mil.
O sonho do trabalho e a necessidade de fugir das mazelas do interior do Amazonas explicam parte do crescimento desordenado de Manaus ao longo das últimas décadas. Só nos últimos 20 anos, a população da capital do Amazonas cresceu 47%. Saiu de 1.403.796 em 2000 para 2.063.547 em 2022.
É um crescimento sem paralelos com outras metrópoles brasileiras no período. Para efeito de comparação, a população de São Paulo aumentou 10% em duas décadas. O salto da população nacional como um todo nesse intervalo foi de 19%.
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